quinta-feira, 6 de abril de 2006
Humanifruti
Dia e Noite
Desco a ladeira e vejo laranjas emplumadas,
pepinos sem conserva.
Ao canto, melancias de batom vermelho conversam
com abobrinhas em riscas de giz.
Falam sobre saladas mistas e frutos apodrecidos,
sem se darem conta que estão à venda por um vintém.
Noite adentro, cervejas espumam bêbadas,
vinhos enrubrecidos gargalham à toa.
No balcão um whisky solitário, se afoga em duas pedras de gelo.
Para acabarem,
ao fim da noite regurgitados em uma privada qualquer.
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3 comentários:
Essa é pra acabar...
Como diz o Eduardo, você escreve coisas incrivelmente ruins e outras incrivelmente maravilhosas.
Faz semanas que eu estou tentando decidir em qual categoria isso aí em cima se encaixa... hahahahaha Se nas maravilhosas ou nas horrorosas.
Mas veja pelo lado bom. Ame ou odei... pelo menos não ficou no meio termo, que é a mediocridade.
Beijão
boa literatura, guri
(e não falo isso por política de boa vizinhança)
as analogias são inevitáveis
"terminar numa privada" é profundo
haha
muito bom.
abraços
Rubens
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