Habita em mim
a ausência,
um oco na alma.


Fora, os frios pedra-madeira
sussurram geadas ao meu ouvido.

Onde os vermelhos
da boca
olhos
sangue?

Não encontro a saída,
minha cidade não interessa.

Estrangeiro.

Entre um café e outro,
espumo palavras.

Paz sem casa

Tenho meus pecados
bordados nas mãos.

A confissão
corrói meus olhos-penitência.

Alinhavo meus dedos
num pai-nosso.

Céus, agulhas e améns.

Tem as asas cortadas
pela língua do homem.

O peso dos anos
aperta seus pés.

Anseia voar descalça.

Voltei...

Então galera.. voltei após um longo outono... e começarei a postar meu livro que tenho pronto e falta só publicar, chamado OLHARES AUSENTES...

Para começar vai a capa que meu amigo Estevão Teuber fez...